Profissionais destacam que volta às aulas presenciais ocorre logo após a semana com mais mortes de toda a pandemia em São Paulo e não há segurança
Professores, supervisores, diretores e outros trabalhadores da educação municipal protestaram hoje (12) contra a volta às aulas presenciais em São Paulo, no pior momento da pandemia de covid-19. Na última semana, o estado teve o maior número de mortos pelo novo coronavírus: 5.657 pessoas perderam a vida em sete dias. Para os profissionais, milhares de pessoas serão colocadas em risco com a retomadas das atividades nas escolas nesse momento. Na última sexta-feira (9) o Sindicato dos Trabalhadores na Administração e Autarquias de São Paulo (Sindsep) ingressou com representação no Ministério Público contra as aulas sem segurança.
“O governo Bruno Covas (PSDB) está desenvolvendo uma política de morte, irresponsável, ao mesmo tempo que não faz as medidas necessárias para o retorno seguro das aulas presenciais em São Paulo. Cientistas, médicos e especialistas em saúde pública afirmam que índices de contaminação, ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e enfermaria, e número de morte precisam cair drasticamente em pelo menos cinco semanas consecutivas, para viabilizar um retorno gradual das aulas presenciais, condicionados a medidas de segurança sanitárias rígidas”, destacou o Sindsep.
Além disso, o protocolo do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, considera que a volta às aulas presenciais representa alto risco de transmissão e surtos quando o número de novos casos diários for maior que 100 indivíduos doentes por 100 mil habitantes. Em São Paulo, esse índice está em 505 casos por 100 mil habitantes, atualmente. O CDC também considera que, para uma volta às aulas segura, o índice de testes positivos de covid-19 não deve ser superior a 10% do total de testes realizados. Hoje, São Paulo registra 34,24% de resultados positivos em testes para Covid-19.
Brasil tem pior domingo e pior semana da pandemia, com média acima de 3 mil mortes diárias
Os trabalhadores reivindicam que São Paulo garanta a segurança da volta às aulas presenciais, com mudanças estruturais que promovam ventilação natural efetiva nas salas de aula; fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI) – máscaras PFF2/N95, escudos faciais – para professores, estudantes e outros profissionais; testagem RT-PCR (que detecta a infecção ativa) periódica e vacinação para toda a comunidade escolar.
A vacinação de trabalhadores da educação teve início neste final de semana. No entanto, somente trabalhadores a partir de 47 anos podem ser vacinados nesse momento. E para que eles estejam protegidos, precisam da segunda dose, mais um período de 14 dias. Ou seja, até a metade de maio, esses profissionais estarão em risco de vida.
Contra as aulas presenciais inseguras
No documento apresentado ao MP, o Sindsep acusa o governo Covas de ter implementado a volta às aulas presenciais sem um parecer da Secretaria Municipal da Saúde de que o processo seria seguro. A denúncia utiliza dados, tabelas e gráficos elaborados com informações dos boletins diários da Secretaria Municipal de Saúde e do Serviço Funerário do Município de São Paulo, que demonstram que os números de óbitos, sepultamentos, infecções, internações e mortes por covid-19 vinham crescendo desde outubro e acelerado desde dezembro.
“E, ainda assim, tomaram a decisão no dia 14 de janeiro por reabrir escolas em fevereiro promovendo em três semanas surtos de infecção por coronavírus em 850 escolas na cidade, quando já havia registro da circulação da variante P.1, chamada variante de Manaus”, defendem os trabalhadores.
O número de surtos indicado também vem de dados oficiais do governo Covas, que, no entanto, não são transparentes, já que não há onde consultar livremente as informações. Na sequência da volta às aulas presenciais, houve uma explosão das internações que colapsou o sistema de saúde paulista e levou a milhares de mortes de pessoas aguardando leitos de UTI. Apesar de ter havido queda no número de novas internações, a maior parte do estado ainda tem ocupação de UTI acima de 90%.
“É nesse ambiente com riscos de colapso dos sistemas de saúde e funerário que a Secretaria Municipal de Educação decidiu mais uma vez reabrir escolas no próximo dia 13. Os especialistas, as orientações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o próprio documento da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) têm sido claros quanto a somente haver segurança na reabertura de escolas quando a pandemia estiver sob controle. Caso contrário, a escola passa a ser mais um ambiente de contaminação e circulação do vírus, permitindo a geração de novas variantes ainda mais perigosas para a população em geral”, argumenta o sindicato.
Professores, supervisores, diretores e outros trabalhadores da educação municipal protestaram hoje (12) contra a volta às aulas presenciais em São Paulo, no pior momento da pandemia de covid-19. Na última semana, o estado teve o maior número de mortos pelo novo coronavírus: 5.657 pessoas perderam a vida em sete dias. Para os profissionais, milhares de pessoas serão colocadas em risco com a retomadas das atividades nas escolas nesse momento. Na última sexta-feira (9) o Sindicato dos Trabalhadores na Administração e Autarquias de São Paulo (Sindsep) ingressou com representação no Ministério Público contra as aulas sem segurança.
“O governo Bruno Covas (PSDB) está desenvolvendo uma política de morte, irresponsável, ao mesmo tempo que não faz as medidas necessárias para o retorno seguro das aulas presenciais em São Paulo. Cientistas, médicos e especialistas em saúde pública afirmam que índices de contaminação, ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e enfermaria, e número de morte precisam cair drasticamente em pelo menos cinco semanas consecutivas, para viabilizar um retorno gradual das aulas presenciais, condicionados a medidas de segurança sanitárias rígidas”, destacou o Sindsep.
Além disso, o protocolo do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, considera que a volta às aulas presenciais representa alto risco de transmissão e surtos quando o número de novos casos diários for maior que 100 indivíduos doentes por 100 mil habitantes. Em São Paulo, esse índice está em 505 casos por 100 mil habitantes, atualmente. O CDC também considera que, para uma volta às aulas segura, o índice de testes positivos de covid-19 não deve ser superior a 10% do total de testes realizados. Hoje, São Paulo registra 34,24% de resultados positivos em testes para Covid-19.
Brasil tem pior domingo e pior semana da pandemia, com média acima de 3 mil mortes diárias
Os trabalhadores reivindicam que São Paulo garanta a segurança da volta às aulas presenciais, com mudanças estruturais que promovam ventilação natural efetiva nas salas de aula; fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI) – máscaras PFF2/N95, escudos faciais – para professores, estudantes e outros profissionais; testagem RT-PCR (que detecta a infecção ativa) periódica e vacinação para toda a comunidade escolar.
A vacinação de trabalhadores da educação teve início neste final de semana. No entanto, somente trabalhadores a partir de 47 anos podem ser vacinados nesse momento. E para que eles estejam protegidos, precisam da segunda dose, mais um período de 14 dias. Ou seja, até a metade de maio, esses profissionais estarão em risco de vida.
Contra as aulas presenciais inseguras
No documento apresentado ao MP, o Sindsep acusa o governo Covas de ter implementado a volta às aulas presenciais sem um parecer da Secretaria Municipal da Saúde de que o processo seria seguro. A denúncia utiliza dados, tabelas e gráficos elaborados com informações dos boletins diários da Secretaria Municipal de Saúde e do Serviço Funerário do Município de São Paulo, que demonstram que os números de óbitos, sepultamentos, infecções, internações e mortes por covid-19 vinham crescendo desde outubro e acelerado desde dezembro.
“E, ainda assim, tomaram a decisão no dia 14 de janeiro por reabrir escolas em fevereiro promovendo em três semanas surtos de infecção por coronavírus em 850 escolas na cidade, quando já havia registro da circulação da variante P.1, chamada variante de Manaus”, defendem os trabalhadores.
O número de surtos indicado também vem de dados oficiais do governo Covas, que, no entanto, não são transparentes, já que não há onde consultar livremente as informações. Na sequência da volta às aulas presenciais, houve uma explosão das internações que colapsou o sistema de saúde paulista e levou a milhares de mortes de pessoas aguardando leitos de UTI. Apesar de ter havido queda no número de novas internações, a maior parte do estado ainda tem ocupação de UTI acima de 90%.
“É nesse ambiente com riscos de colapso dos sistemas de saúde e funerário que a Secretaria Municipal de Educação decidiu mais uma vez reabrir escolas no próximo dia 13. Os especialistas, as orientações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o próprio documento da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) têm sido claros quanto a somente haver segurança na reabertura de escolas quando a pandemia estiver sob controle. Caso contrário, a escola passa a ser mais um ambiente de contaminação e circulação do vírus, permitindo a geração de novas variantes ainda mais perigosas para a população em geral”, argumenta o sindicato.
FONTE: REDE BRASIL ATUAL
FOTO: Sindsep