“Precisamos de imunização coletiva urgente e mudança estrutural no modelo de funcionamento das escolas”, aponta em artigo a professora e sindicalista Ana Cristina Guilherme
A volta às aulas presenciais só será possível com a vacinação em massa. Por isso, os professores e as professoras de Fortaleza, liderados pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute), são contra o PL 5595/2020, aprovado na Câmara Federal na noite dessa terça-feira (20) e que exige a retomada das aulas presenciais no pior momento da pandemia de Covid-19.
Precisamos de imunização coletiva urgente e mudança estrutural no modelo de funcionamento das escolas. Enquanto isso não acontece, precisamos continuar em segurança, oferecendo ensino remoto e ajudando pais e estudantes. Por isso é tão importante que o prefeito Sarto garanta o direito à educação, disponibilizando tablets e internet para toda a rede pública. Hoje, a Capital tem 240 mil estudantes e a prefeitura vai distribuir só 27 mil tablets.
Até aqui, muitas vidas já foram perdidas. Muitos profissionais da educação da nossa cidade foram mortos por esse vírus maldito, que se prolifera com a ausência de políticas públicas eficazes. Não podemos permitir uma matança generalizada, afinal, estudos mostram que um só aluno infectado numa sala com outros 20 tem potencial para contaminar outros 60 do círculo familiar em apenas 15 dias. Isso com todos eles usando máscara no colégio. Sem o equipamento de proteção, seriam 90 infectados em apenas dez dias.
Portanto, não é hora de por em risco toda a família. Educadores e educadoras, marquem não pesquisa da prefeitura de Fortaleza sobre a volta das aulas presenciais.
Queremos ficar vivos! Volta ao ensino presencial, só vacinados!
Ana Cristina Guilherme é presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute)
FONTE: O POVO ONLINE
FOTO: REPRODUÇÃO