Covid-19: ministro da Saúde diz que fará campanha por “uso racional” de oxigênio

30/03/21 | Lutas no Brasil

Marcelo Queiroga quer elaborar protocolos para economizar o produto, essencial para parte dos pacientes internados

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, nesta segunda-feira (29), que pretende fazer uma “campanha” para que seja adotado um “uso racional” de oxigênio no país. A declaração foi dada durante audiência do mandatário no Senado, em um encontro extraoficial e fechado.

“Todos sabemos que muitas pessoas chegam aos hospitais e, às vezes, a primeira providência é colocar o oxigênio nasal em quem não precisa de oxigênio. Então, vamos tentar economizar. Vamos fazer uma grande campanha junto aos profissionais de saúde para o uso racional do oxigênio”, disse o ministro.

O mandatário sinalizou que pretende divulgar a orientação para profissionais de saúde.

Queiroga também informou que chegou a convidar o professor de cardiopneumologia Carlos Carvalho, da Universidade de São Paulo (USP), para atuar junto ao Ministério da Saúde e elaborar protocolos assistenciais para essa e outras medidas de tratamento a covid-19.

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De acordo com o ministro, a pasta estaria trabalhando na contratação de 13 caminhões-tanque do Canadá para auxiliar no transporte de oxigênio entre as unidades federativas. O número necessário ao país era de 50 veículos dessa natureza.

Queiroga também disse que está negociando com o setor industrial a ampliação da fabricação de cilindros, utilizados para acomodar oxigênio hospitalar.

Considerado essencial aos hospitais, o oxigênio é necessário a pacientes que têm agravamento do quadro da covid e já chegou a faltar em diferentes pontos do país.

Em janeiro, doentes morreram asfixiados em Manaus (AM) por falta do produto. O mesmo ocorreu no Rio Grande do Sul, no último dia 19, quando seis pacientes vieram a óbito na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Números da pandemia

O Brasil atingiu nesta segunda-feira (29) a média de mortes de 2.634 vítimas de covid-19, a maior desde o início da pandemia, em março de 2020.

Nas últimas 24 horas, foram mais 1.660 mortes registradas, o número mais elevado para uma segunda-feira, mesmo com o represamento dos dados de algum estados em razão de um menor número de profissionais em atividades de laboratório aos domingos.

FONTE: BRASIL DE FATO
FOTO: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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