O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute) participou, nesta quarta (9), em Brasília, do Ato Nacional em Defesa da Educação Pública. A manifestação reuniu cerca de 2 mil educadores de norte a sul do país para exigir mais qualidade para a educação pública e a valorização dos profissionais.
“Estamos aqui hoje cobrando do Ministério da Educação o compromisso ao voto no presidente Lula. Nós vãos continuar lutando sempre e o Sindiute está presente neste ato nacional para lutar pela educação pública e pelos direitos dos trabalhadores”, afirmou a presidente do Sindiute, Ana Cristina Guilherme.
O ato foi dividido em duas etapas: em frente ao Ministério da Educação (MEC), às 10h, com a entrega de um ofício pedindo a revogação do Novo Ensino Médio e outras pautas como a aplicação da Lei do Piso Salarial Nacional para Profissionais do Magistério Público, financiamento para o setor, valorização da carreira para os funcionários e professores e uma educação mais inclusiva, além de melhores condições para a formação os trabalhadores. A segunda etapa da manifestação aconteceu às 15h, em frente à Câmara dos Deputados.
Durante o ato no MEC, o presidente da CNTE, Heleno Araújo, e uma comitiva composta por representantes do Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE) e outras entidades, foram recepcionados pelo secretário executivo adjunto do MEC, Leonardo Barchini; a secretária de Educação Superior, Denise Carvalho; o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Getúlio Marques; o chefe de gabinete do ministro da Educação Camilo Santana, Vinicius Roda; e o diretor de Programa da Secretaria Executiva, Gregório Grisa. Heleno entregou um ofício com os principais pontos de melhoria exigidos pela classe.
O MEC reiterou seu compromisso com a reestruturação da Política Nacional de Ensino Médio, lembrando que o Ministério divulgou o sumário executivo dos resultados da consulta pública no dia 7 de agosto. Leonardo Barchini disse que conta com o apoio das entidades quando o tema estiver em apreciação no Congresso Nacional.
Outro ponto garantido pelo Ministério é a instalação de uma mesa de negociação sobre a pauta de carreira e valorização de profissionais da categoria, após orientação do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
“Nos últimos anos, a pauta da educação sofreu um ataque deliberado. E, nesse período, a resiliência dos profissionais da educação foi muito importante. Hoje trabalhamos para reconstruir a educação e contamos com vocês não só na apreciação da questão do Ensino Médio pelo Congresso, como também em outras pautas que sofreram perdas”, disse o secretário executivo adjunto do MEC, Leonardo Barchini.
Enquanto a reunião com os representantes do Ministério acontecia, participantes das entidades sindicais presentes na manifestação organizaram um grande abraço de pressão em volta do edifício na esplanada dos ministérios.
Câmara dos Deputados
Durante a tarde, o ato continuou e seguiu até o Anexo II da Câmara dos Deputados. Lá, os manifestantes foram recebidos por deputados e simpatizantes, que discursaram em prol da revogação do NEM e das melhorias na classe dos educadores do Brasil. Uniram-se aos manifestantes os deputados Reginaldo Veras (PV), Pedro Uczai (PT), Glauber Braga (Psol), Zeca Dirceu (PT), Paulo Fernandes (PT), Fernando Mineiro (PT) , e as deputadas Erika Kokay (PT), Maria do Rosário (PT), Alice Portugal (PT), Carol Dartora (PT) e Sâmia Bomfim (Psol). Para a manhã desta quinta-feira (10), está previsto um encontro da comitiva da CNTE com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira.