O dia 18 de agosto de 2021 foi marcado pela greve geral dos servidores públicos das esferas municipais, estaduais e federais em todo o país. Em Fortaleza (CE), o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute) movimentou os atos dos profissionais da educação, que começaram a ocupar as ruas da cidade a partir das 8 horas da manhã, para lutar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32, da Reforma Administrativa, principal pauta da mobilização.
Reunidos na Praça da Imprensa, servidores, familiares, amigos e até trabalhadores da iniciativa privada se uniram também em defesa da educação pública e gratuita de qualidade, da saúde, do serviço público, dos empregos e contra as privatizações, o Estado Mínimo, a corrupção, entre outras pautas da classe trabalhadora. “Estamos reunidos na luta contra a Reforma Administrativa, que, aliás, é um projeto em curso de redução de direitos. Também não abriremos mão do nosso reajuste”, afirmou a presidente do Sindiute, Ana Cristina Guilherme.
Se aprovada, a Reforma Administrativa vai desmontar o serviço público em áreas como saúde e educação, e quem vai pagar a conta serão os trabalhadores mais pobres que dependem desses serviços. Essa é a razão da greve dos servidores públicos, organizada no Ceará pelo Fórum Estadual dos Servidores Públicos das Três Esferas.
Manifesto contra a PEC 32
Após o Ato Público #CancelaAReformaJá, representantes do Sindiute e de outras entidades sindicais foram recebidos por deputados estaduais na Assembleia Legislativa do Ceará. Durante o encontro, os dirigentes classistas entregaram um manifesto contra a Reforma Administrativa.
Entre os encaminhamentos da reunião, foi firmado o compromisso dos deputados Elmano de Freitas, Augusta Brito, Renato Roseno e Guilherme Sampaio de pressionar a bancada federal do Ceará para que a Emenda seja rejeitada.
Blusas e jingle são marcas registradas do ato
O Sindiute distribuiu blusas às primeiras 1.000 pessoas que chegaram à manifestação. A camiseta estampava o selo da campanha do Sindicato “Reforma Administrativa Não”.
Com blusas iguais e dando mais força à manifestação, os trabalhadores ocuparam o cenário do ato com bandeiras, cartazes e selos nas mãos, ao som do jingle criado especialmente para o ato. Ao ritmo de “Baile de Favela, de MC João, e letra adaptada, os trabalhadores cantavam “Deputado, pense muito bem. Vote NÃO nesta reforma do mal. Deputado, estamos de olho. Defenda o seu povo do abandono social.”