Milhares de professores de Fortaleza voltaram às ruas nesta sexta-feira, 3 de fevereiro. Os educadores fizeram uma Marcha, que contou com o enterro simbólico do prefeito José Sarto, que nega o reajuste de 14,95%. A proposta da gestão é de aumento de apenas de 0,81%, o que provocou a revolta do grupo.
A passeata saiu da Praça da Imprensa e passou pela Coordenadoria de Gestão de Pessoas – COGEP/SME, pela Secretaria da Educação e pela Assembleia Legislativa do Ceará.
Com gritos de “Tchau, Dalila”, os profissionais também criticaram a postura da secretária de educação, Dalila Saldanha, que, apesar de ser professora, atua junto ao processo de sonegação dos direitos dos educadores.
Os trabalhadores também reivindicam respeito ao Plano de Cargos e Carreiras do Magistério, reajuste não implantado em 2017; carteira assinada para professores substitutos; revogação da alíquota previdenciária de 14% aplicada a aposentados; e revisão da reforma da previdência de Fortaleza.
Outras críticas são às precárias condições de trabalho e de funcionamento das escolas municipais e a demissão de professores substitutos, que foram dispensados sem direito à rescisão contratual.
Os educadores seguirão de braços cruzados, pelo menos, até o dia 8 de fevereiro, quando está prevista nova audiência com o Prefeito.
Programação
Bloco da Educação ocupa o pré-carnaval, no Aterrinho da Praia de Iracema, no sábado, 4, a partir das 16h.
Na segunda-feira, 6, concentração no Espigão da Rui Barbosa, na Praia de Iracema, às 8h, com passeata até o anfiteatro da Beira Mar.
Na terça-feira, 7, haverá um ato na Câmara Municipal de Fortaleza, a partir das 8 horas.
A reposição salarial anual do magistério está prevista na Lei Federal Nº 11.738/2008, com percentual calculado pelo Ministério da Educação.
No Ceará, 82 cidades já reajustaram os salários de seus educadores em pelo menos 14,95%, de acordo com levantamento da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce).