Hoje, 31 de janeiro, os professores de Fortaleza, liderados pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Fortaleza (Sindiute), realizaram mais um dia de paralisação em frente ao Gabinete do Prefeito, localizado no Centro de Fortaleza. O ato, que contou com a participação de educadores, marcou a formação do “Bloco Paulo Freire”, uma referência ao pré-carnaval.
Além do reajuste de 10,09% nos salários, os profissionais reivindicam o fim do desconto de 14% nos vencimentos dos aposentados e a quitação do precatório do antigo Fundef, pendente desde 2015. Outras demandas incluem a equiparação de direitos para os docentes aprovados no concurso de 2022, que perderam os benefícios dos anuênios e da licença-prêmio. Os profissionais também exigem a inclusão dos funcionários de escola no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da Educação, assim como a aplicação da CLT para os professores substitutos e a realização de concursos públicos para professores, técnicos, supervisores e orientadores.
O calendário de paralisações está programado até sexta-feira, 02 de fevereiro, quando está agendada uma nova reunião de negociação com o prefeito José Sarto. Na quinta-feira, 01 de fevereiro, o grupo planeja um protesto na Câmara Municipal, a partir das 8h, e na sexta-feira haverá uma nova assembleia para avaliar os resultados da reunião com o município.
A palavra de ordem do movimento é “piso já para a aula começar”. Hoje seria o segundo dia letivo, porém as escolas permanecem paradas em decorrência da paralisação dos trabalhadores.
“O prefeito pode antecipar sua decisão e implantar imediatamente o reajuste de 10,09%. Continuaremos nas ruas pelos nossos direitos. Defender o educador é defender a educação”, destaca Ana Cristina Guilherme, presidenta do Sindiute.