No segundo dia de paralisação, realizado nesta terça-feira (01/02), os profissionais da educação de Fortaleza atenderam ao chamado do Sindicato União dos Trabalhadores em Educação de Fortaleza (Sindiute) e ocuparam a Câmara Municipal. A movimentação massiva dos trabalhadores levou à conquista do anúncio oficial de realização de concurso público para todos os cargos da educação.
O alcance do concurso e do reajuste salarial de 33,23%, publicizado na última semana, marca a obtenção de 50% da pauta prioritária que mobiliza o calendário de paralisações da classe.
Conforme destaca Ana Cristina Guilherme, presidenta do Sindicato, o ato foi estratégico, tendo em vista que o Legislativo municipal recebia o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), na reabertura dos trabalhos da Casa.
“Nós só saímos da Câmara com o projeto do reajuste protocolado e com o compromisso de que o aumento será implantado totalmente até a folha de março, paga em abril”, destacou a presidenta.
Assembleia suspende paralisação e mantém a luta
Após a atividade de peso, os servidores da Educação se reuniram em assembleia extraordinária virtual, que contou com mais de 2 mil pessoas acompanhando nas plataformas virtuais. No encontro, o grupo deliberou pela suspensão das paralisações agendadas.
Mas os profissionais seguirão em luta e constroem uma série de atividades para pressionar a gestão pelo restante das demandas urgentes, que inclui:
- Subvinculação e rateio do precatório de 2015 do antigo do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef);
- Abono para a contribuição previdenciária de 14% dos aposentados.
“Não vamos descansar um minuto enquanto não arrancarmos o precatório do Fundef e o abono dos aposentados”, acrescenta Ana Cristina Guilherme.
A presidenta do Sindiute informa ainda que sindicato também continuará a veicular campanhas publicitárias na TV, para chamar atenção da Prefeitura e da sociedade para as reivindicações.
“Voltamos às salas de aula vitoriosos! Esse ano será inteiramente dedicado à nossa luta. Vamos batalhar por cada direito dos profissionais da educação de Fortaleza”, finaliza.