Reforma da Previdência “joga os fundamentos da República no lixo”

24/02/17 | Lutas no Brasil

Subprocuradora do Trabalho denuncia ilegalidades da Reforma da Previdência em audiência no Congresso

Em reunião da Comissão da Reforma da Previdência, realizada na última quinta-feira (23), em Brasília, a subprocuradora-geral do Trabalho, Maria Aparecida Gurgel, criticou e denunciou ilegalidades da Reforma da Previdência. A convidada afirmou que a proposta apresentada pelo governo ilegítimo de Michel Temer “joga os fundamentos da República no lixo”.

A subprocuradora-geral afirmou ainda que a Reforma da Previdência gera “insegurança” nos beneficiários do Benefício da Prestação Continuada (BPC), pois eleva a idade dos que podem acessar ao programa de 65 para 70 anos e desvincula o reajuste do benefício do salário mínimo.

Outro ponto abordado por Maria Aparecida foi o falso déficit da Previdência. “O governo não divulgou dados que realmente convencessem a população. Há, de certa forma, um manuseio dos dados para colocar o foco apenas na Previdência Social, quando a gente sabe que a Previdência também é abastecida com recursos da Seguridade Social”, afirmou.

Para a subprocuradora-geral do Trabalho, o projeto apresentado pelo secretário da Previdência, Marcelo Caetano, ferem convenções internacionais das quais o Brasil é signatário. O ministro de Temer foi denunciado por conflito de interesse, já que acumula a função de onselheiro da Brasilprev, empresa que atua no setor da previdência.

A falta de diálogo com a sociedade, na elaboração do projeto, foi criticada pela subprocuradora-geral, que demonstrou especial preocupação com a situação das mulheres na Reforma da Previdência. “Querem aumentar em dez anos o tempo para elas se aposentarem e em cinco para os homens”, encerrou.

Fonte: CUT Nacional
Foto: Agência Camara

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