Moção de repúdio à prisão arbitrária do membro do MTST, Guilherme Boulo

18/01/17 | Lutas no Brasil

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, entidade representativa de mais de 4 milhões de profissionais da educação em todo o Brasil, repudia de forma veemente a prisão arbitrária do companheiro Guilherme Boulos, membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST.

Na manhã do dia de hoje – 17 de janeiro de 2017 – o militante do MTST estava a acompanhar a reintegração de posse da ocupação Colonial, no bairro de São Mateus, zona leste de São Paulo, de modo a garantir os direitos de 700 famílias e cerca de 3.000 pessoas, entre crianças, mulheres e idosos. Numa tentativa clara de mediação do conflito já instaurado e anunciado desde a noite de ontem (16/01), Boulos foi detido de forma arbitrária e violenta pela tropa de choque da Polícia Militar do Estado de São Paulo, governado por Geraldo Alckmin do PSDB.

Sob o argumento de desobediência civil e de seu histórico de participação em manifestações contra o presidente golpista Temer, Boulos foi detido e encontra-se, agora, em flagrante prisão política. Não se pode admitir que sob o argumento de participação em manifestações políticas, direito assegurado a todos pelo que ainda existe em nossa Constituição Cidadã, alguém seja detido e preso no Brasil.

Essa prisão, não temos dúvida, faz parte da escalada de repressão que vivemos nos dias de hoje no Brasil. Não nos calaremos diante da criminalização dos movimentos sociais e populares, e tampouco de suas lideranças! Não nos omitiremos diante da perseguição que se faz aos lutadores sociais de nosso Brasil que, mesmo com a sua democracia ameaçada, ainda vive, ou diz-se viver, sob a égide de um sistema democrático!

Pela libertação imediata de Guilherme Boulos! Pelo fim da criminalização dos movimentos sociais e políticos brasileiros, que escancara sem pudor o regime de exceção ao qual o país está sendo submetido desde o golpe que colocou no poder um presidente sem voto! Pelo fim da perseguição de nossos lutadores sociais!!!

Brasília, 17 de janeiro de 2017.
Diretoria Executiva

Fonte: CUT

 

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