Com pressa, Maia indica que reforma da Previdência pode ser votada nesta quarta

10/07/19 | Lutas no Brasil

Mobilização da CUT, demais centrais e movimentos sociais continua no Congresso Nacional para barrar reforma da Previdência

De olho no recesso parlamentar, que começa no próximo dia 18, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), afirmou nos bastidores e para impressa que a ideia é aprovar em dois turnos a PEC 006/2019, da reforma da Previdência, até a próxima sexta-feira (12).

Mesmo com pressão de lideranças de partidos de oposição, da CUT e demais centrais, dos movimentos sociais, os parlamentares não conseguiram votar a proposta do governo de Jair Bolsonaro (PSL), mas nesta quarta-feira (10) há uma força tarefa para aprovar a PEC.

Para a CUT, a proposta de reforma da Previdência de Bolsonaro não combate privilégios, atinge apenas os mais pobres, reduz aposentadoria da mulher, mexe nas pensões, altera a idade para aposentadoria do trabalhador rural e dos professores.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, publicada nesta quarta (10), a expectativa dos parlamentares é que às 10h30 haja quórum para retomada dos trabalhos. Além da pressão nos gabinetes, às 14 horas está previsto um ato contra a reforma da Previdência nos corredores do Congresso Nacional.

Como foram os debates na terça (9)

Com pouco mais de três horas de debate e com denúncia de compra de votos o governo passou o rolo compressor e encerrou, na noite desta terça-feira (9), a discussão da proposta de Reforma da Previdência (PEC 06/2019).

Não adiantou a obstrução da oposição ou os pedidos para a retirada da proposta da pauta. Pouco depois da meia noite e meia, por 353 a 118 votos, foi aprovado o encerramento da discussão da proposta que vai inviabilizar a aposentadoria de milhões de brasileiros.

Saiba como pressionar deputados que querem tirar a sua aposentadoria

Com esta votação, Rodrigo Maia afirmou nos bastidores que já tem os 308 votos necessários para mudar a Previdência, mas lideranças de partidos, da CUT e demais centrais afirmam que não é certeza sobre os votos.

“Precisamos continuar pressionando os deputados e as deputadas para que votem com o trabalhador e a trabalhadora e digam não para esta proposta que vai fazer a gente trabalhar por muito mais tempo e reduzir valor do benefício”, disse o presidente da CUT Vagner Freitas.

Dia 12

A CUT e demais centrais sindicais estão organizando um ato Nacional em defesa da aposentadoria em Brasília, junto com a União Nacional dos Estudantes (UNE).

Fonte: CUT
Foto: LULA MARQUES

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