Carta Aberta sobre a Greve dos professores

28/07/14 | Lutas no Brasil

Cerca de 2.500 professores reunidos em assembleia decidiram pela greve . Só esse fato deve servir de termômetro para afirmamos que há muitas questões a serem resolvidas. Por vezes, a palavra não substitui o gesto.

A PMF enviou uma proposta ao SINDIUTE que foi considerada insuficiente. Assim sendo, a categoria decidiu parar para se assegurar de algumas certezas não contidas na minuta enviada. A PMF retirou da mensagem à câmara a revogação do estatuto do magistério? Revoga a extinção dos anuênios? Nos apresenta um calendário das dívidas? Refaz a posição sobre a meritocracia? Retira a reformulação do artigo que garante a redução da carga horária? Propõe uma forma de pagamento dos 4.9% que caracteriza a implantação do piso salarial? Que resposta tivemos? Não justifica ficar calado como se nada incomodasse.

Para nós, a política de valorização dos professores vai no sentindo de manter e ampliar direitos. Não podemos conviver, sem inquietude, na inconstância, com condições de trabalho que subtraem o processo de aprendizagem. Não podemos silenciar quando convivemos com crianças sem aulas de matérias obrigatórias nas nossas escolas. Não bastasse escolas sem conforto, sem carteiras adequadas, sem livros suficientes… Quando denunciamos é porque queremos contribuir para mudar esse quadro, que se repete há varias gestões.

O diálogo tem que ser permanente no entanto a negociação tem que ser clara e objetiva. Propostas e respostas dos 13 pontos que nos motivam para a mobilização. Ao contrário do que diz a SME, agora é que o diálogo se torna imprescindível. A obrigação da gestão é de ouvir o grito uníssono da categoria. O bom gestor é o que desata nós!

Não esperamos da prefeitura que fique surpreendida, pois é conhecedora da situação da educação e dos educadores. Esperamos a altivez do diálogo, do respeito e da prioridade no atendimento das propostas emergenciais!

Pelo atendimento dos 13 pontos! Negociação Já!

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