Após reprovação de militares e olavistas, Feder desiste de ser ministro da Educação

06/07/20 | Lutas no Brasil

Empresário foi convidado para assumir o ministério na quinta-feira, mas disse que declina do cargo, sem detalhar motivos

O secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, anunciou neste domingo (5) que desistiu de ser o novo ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro.

O empresário foi convidado para assumir o cargo pelo presidente, na quinta-feira (2). A expectativa era de que ele fosse anunciado até o fim da sexta (3), mas militares e olavistas de dentro do governo fizeram pressão contra a indicação.

:: Entenda o contexto: Militarismo, lógica privatista e corte de verbas na Educação ::

Acuado, Bolsonaro calou-se e deixou a escolha em aberto. Agora, sem dizer o motivo, o próprio Feder afirma que vai “declinar do convite”.

“Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro, por quem tenho grande apreço, mas declino do convite recebido. Sigo com o projeto no Paraná, desejo sorte ao presidente e uma boa gestão no Ministério da Educação”, declarou Feder, no Twitter.

Cadeira vazia

Com a recusa de Feder, a cadeira do Ministério da Educação segue vazia desde a saída de Abraham Weintraub, demitido por atacar o Supremo Tribunal Federal (STF).

O posto é alvo de intensa disputa entre os governistas militares e os “ideológicos”, ligados ao guru bolsonarista Olavo de Carvalho.

A última vitória de um dos lados foi escolha do economista Carlos Alberto Decotelli, indicado pela ala militar. O triunfo, porém, durou pouco. Cinco dias após ser nomeado, ele pediu demissão depois de uma série de denúncias sobre mentiras em seu currículo.

FONTE: BRASIL DE FATO
FOTO: Agência Estadual de Notícias/Divulgação

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