29 de setembro: dia de combate ao fascismo e à violência contra a mulher

27/09/18 | Lutas no Brasil

No próximo sábado, dia 29 de setembro, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) convida as entidades filiadas a somarem força às mobilizações contra o machismo, a homofobia, o feminicídio, o racismo e as demais violências propagadas no país. A iniciativa, que partiu das integrantes da página Mulheres contra Bolsonaro” e “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”, iniciada nas redes sociais, logo se transformou em grande manifesto nacional, e fora do país, contra o discurso de ódio do presidenciável do PSL-RJ, de extrema direita, que ganhou notoriedade com declarações criminosas sobre mulheres, negros e LGBTs.

O grupo, que já sofreu retaliação e foi hackeado, deu a volta por cima no ataque cibernético e ganhou mais impulso para as ações no próximo final de semana. A estimativa é de envolvimento de 42 cidades brasileiras, contra a candidatura de Jair Bolsonaro, além de movimentos em Lisboa, Porto e Coimbra (Portugal), Berlim (Alemanha), Lyon (França), Galway (Irlanda), Barcelona (Espanha), Sidney e Gold Coast (Austrália), Londres (Inglaterra) e Haia (Holanda), entre outras cidades.

As mulheres são as mais atingidas com as políticas do governo ilegítimo que tomou o poder no Brasil e no discurso do candidato que está na primeira colocação na disputa presidencial. Hoje, elas são as primeiras a perder o emprego e o acesso a serviços básicos. Assim, a CNTE luta com o objetivo de avançar no combate à violência de gênero e pela participação feminina no poder, perante uma sociedade conservadora e machista, em cenário de crise sistêmica do capitalismo, de grandes retrocessos, quando avança o conservadorismo e a pauta reacionária, com a disseminação do ódio de classe expresso nos ataques aos direitos dos/as trabalhadores/as e às liberdades democráticas. Há, ainda, o crescimento das manifestações de ódio e intolerância contra o debate de gênero nas escolas, estigmatizando o movimento feminista, em tentativa de naturalizar comportamentos de homens e mulheres a partir de estereótipos.

Confira o texto de Isis Tavares Neves, secretária de Relações de Gênero da CNTE, sobre a importância da participação nas ações do dia 29 de setembro.

Fonte: CNTE
Foto: Reprodução

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